Este fim-de-semana tornou-se mais longo pelo feriado na terça-feira e pela "ponte" bastante prestável na segunda. Estavam então criadas todas as condições para que fizessemos uma viagem mais demorada, para mais longe e, se tivessemos sorte, mais inesquecível. Foi exactamente isso que me aconteceu...
No primeiro dia fomos a Morskie Oko, a maior atracção da região! Levantámo-nos bem cedo e vimos, pela primeira vez, a excelência das casas de Zakopane. É uma vila em tudo única, em cada pormenor é especial e a arquitectura das casas foi uma das coisas que mais me motivou e mais me empolga a lá voltar o quanto antes!
Se ao redor de
Zakopane há uma constelação de "casinhas de brincar" que sobem o monte, no coração da vila estas parecem multiplicarem-se! O centro parece concentrar-se numa única rua, com bares, cafés, restaurantes, múltiplas lojas de "souvenirs", lojas de desporto, atracções de rua como estátuas vivas, músicos com fantoches, pintores de spray, etc. e ainda um mercado que muito me atraiu pela sua calma e sem dar a grandes sobressaltos e ruideiras tipicamente latinas.
No segundo dia conseguimos a proeza de
andar mais que no primeiro! E valeu a pena... aliás, tudo valeu a pena! Uma das muitas coisas que também me fascinou foram os inúmeros coches puxados a cavalos que transportavam os turistas pela vila.
Como todos os locais na Polónia, Zakopane também tem as suas igrejas! Eu confesso que não sou muito dado a visitar igrejas, mas de vez em quando até fico surpreendido com algumas obras de arte nas casas de Deus. Estando nós numa cidade polaca parecia mal não dar-mos uma "espreitadela" às casas sagradas do sítio. Mas Zakopane
não é uma vila comum, já disse antes e volto a frizá-lo que me surpreendeu em todos os aspectos e tudo o que idealizei para esta viagem foi cumprido! Visitámos duas igrejas. As duas bem diferentes uma da outra e as duas me "prenderam" a este sítio, irremediavelmente! Vou falar-vos primeiro da segunda, totalmente em madeira, minúscula, entre um jardim-escola e um cemitério! E eu que pensava que um cemitério não poderia ser algo alegre... este cemitério em Zakopane é coberto de flores, com bonecos trabalhados nas campas e num misto de júbilo e descontração fazia-nos esquecer que estavamos num local de luto. Agora a primeira igreja, em Koscielisko, guardava uma grande surpresa para mim! Eu, na minha inocência, pensei que fosse ver mais uma, apenas mais uma das milhares de igrejas polacas que enchem este país de fé. Mas esta não é só mais uma... no sul da Polónia, junto aos Tatras, bem longe das minhas raízes, encontrei isto...
...um pedaço do meu país, tão distante que era como se Zakopane me incentivasse a matar um pouco as saudades de Portugal. E de tão espantado e alegre que fiquei, prometo um dia cá voltar. Família, amigos... se um dia me casar (pobre moça) tem de ser aqui, neste pedaço de Portugal, no paraíso da Polónia!
Saímos do centro de Zakopane e fomos directos às montanhas. A
Halina tinha-nos falado de um vale que era digno de se ver, assinalou-nos no mapa e partimos à aventura! O vale chama-se Dolina Koscieliska e esconde cascatas, rios, árvores despidas neste tempo, aves de todo o tipo e, acreditem ou não, veados e ursos, entre as mais vulgares das espécies em Tatra. Subimos, descemos, voltámos a subir, voltámos a descer... sempre rodeados pela natureza e com o vislumbre de um interminável caminho pedestre.
Subimos a uma montanha e de lá vimos a paisagem de uma vila que nos acolheu durante 2 dias e 3 noites, em pleno pôr-do-sol e com o vento a convidar-nos a voar!
No fim, olhámos para trás e vimos que tudo foi perfeito, que os sessenta quilómetros que andámos a pé em dois dias foram totalmente proveitosos e o desejo enorme de lá voltar, com mais tempo e de nos saturarmos em tamanha magia!
Como todos os locais na Polónia, Zakopane também tem as suas igrejas! Eu confesso que não sou muito dado a visitar igrejas, mas de vez em quando até fico surpreendido com algumas obras de arte nas casas de Deus. Estando nós numa cidade polaca parecia mal não dar-mos uma "espreitadela" às casas sagradas do sítio. Mas Zakopane
Saímos do centro de Zakopane e fomos directos às montanhas. A
No fim, olhámos para trás e vimos que tudo foi perfeito, que os sessenta quilómetros que andámos a pé em dois dias foram totalmente proveitosos e o desejo enorme de lá voltar, com mais tempo e de nos saturarmos em tamanha magia!
3 comentários:
Sem palavras ... a maneira como foste descrevendo vem do coração e cativa qualquer um!
Um grande beijo de saudades da madrinha!!!
João adorei a tua viagem...deve ser um lugar encantador...também quero ir a Zakopane. Vou contigo da próxima vez e vais ser o meu guia ;)
Para a próxima, avisa-me com tempo ;) junto coroas e meto-me no comboio para ir ter contigo, prometo :)
E agora, concentremo-nos em maravilhas mais geladas! Já viste as previsões para a nossa ida a Estocolmo? Brrrr, pois...
Beijinhoooo, e saudades de vocês todos! Está decidido que temos de nos encontrar uma vez por mês eh eh eh vamos ver o Vasa, não vamos? Sexta quero começar cedinho...
Beijos
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