Glasgow - Viva La Vida

Esta minha viagem a Glasgow começou há cerca de dois meses quando resolvi comprar os bilhetes de avião pela Ryanair até à Escócia! Objectivo: ver o concerto dos Coldplay no SECC (The Scottish Exhibition and Conference Centre) no dia 6 de Dezembro. Os bilhetes para este concerto esgotaram algures em meados de Maio, o que me fez agir de forma dramática: comprar os bilhetes no ebay. Comprei, vieram por correio, pronto para a viagem!
Cheguei ao aeroporto de Prestwick no dia 5 de manhã. Tinha visto no dia anterior, no Google Earth, a quão "ínfima" distância é deste aeroporto para o centro de Glasgow. Enquanto esperava pelo autocarro (que demorou uma hora a chegar ao destino) deparei-me com uma situação engraçada. Eu no meu bom costume, esperava pelo dito transporte olhando tranquilamente a via pelo lado esquerdo! Por certo quem já foi à Grã-Bretanha já percebeu o tremendo disparate que estava a fazer... os automóveis, motas, autocarros, camiões e até as pessoas andam todas pelo lado esquerdo, ou seja, ao contrário da normalidade do resto do mundo (tirando os japoneses). Por sorte não fui para a rua antes de ser atropelado!
Cheguei ao centro de Glasgow e fiquei instantaneamente deslumbrado com os tamanhos dos edifícios (sim, são grandes). Glasgow é uma cidade muito comercial, cheia de lojas e, sem sombra de dúvidas, onde há muito... muito dinheiro!
Andei às voltas pela cidade, apanhei bom tempo e por isso tinha de aproveitar! A viagem tinha-a feito sozinho e conhecer a cidade também ia pela mesma onda! No entanto, a cidade é grande e certas indicações perguntam-se na rua às pessoas! Agora, aqui entra um novo ponto. É que existe inglês dos EUA e Austrália (que vemos nos filmes), inglês da Jamaica e África do Sul (que vemos em alguns anúncios), outros países, inglês de Inglaterra e depois há o inglês da Escócia que é... imperceptível!
Andei pela cidade, vi lojas, igrejas, edifícios, monumentos e finalmente cheguei aqui:
Eu tinha visto na Internet imagens do pavilhão, mas a realidade é completamente diferente. Atravessei esta ponte com a boca aberta de espanto perante o que estava do outro lado do rio. O pavilhão Atlântico, em Lisboa onde vi pela primeira vez os Coldplay é muito bonito, mas este... bem... escolham vocês!
Continuei a andar... esta obra de arte haveria de receber outra visita minha, amanhã ao final da tarde!
Encaminhava-me agora para Ibrox, onde mora a Joanna (rapariga bastante simpática, polaca, que me "couchsurf host"-ou). Fui para casa dela, conversámos durante horas (graças a Deus ela ainda não desenvolveu o sotaque escocês) e acabei por ver o último episódio do Survivor na BBC (que saudades de televisão)!
No dia seguinte, saí cedo e fui ao centro da cidade. Pela primeira vez andei num metro... repito... metro (e não eléctrico do Porto). Extensão: 100% debaixo de terra!
Em Glasgow, sábado à tarde é sinónimo de agitação. Nas ruas, rapazes de "kilts" tocavam gaita de foles, artistas plásticos expunham os seus trabalhos, jovens adolescentes dançavam com todo o seu talento música do estilo "break-dance".
Peço desculpa por não ter tirado fotos, mas ficam aqui alguns vídeos dos mesmos protagonistas filmados por outras gentes:
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As horas passaram, mas o concerto ainda estava longe. Decidi ir visitar o Centro de Ciência, mas tenho a dizer-vos que é somente um pequeno "Visionarium" e que de interessante só mesmo o edifício por fora. Finalmente, vi-me cá fora do SECC, a quatro horas do concerto, com uma multidão de gente a passar por mim com cachecois do Glasgow Rangers. Pensei eu: porque não?
Pois bem, foi bom, gostei e vi oito golos! :) Glasgow Rangers 7-1 Hamilton para a liga escocesa no Ibrox Stadium, fica, pelo menos para mim, marcado por um momento:
2 minutos de jogo: Golo do Hamilton (0-1). Os adeptos dos Rangers (que basicamente era o estádio todo) desatam num coro uníssono "What a fuck is that, man? Fuck you referee! Fuck you goalkeeper!" E basicamente tudo o que mexia era recebido com a "F word". Foram uns 10 minutos muito longos para estes escoceses até a equipa deles marcar por duas vezes e nunca mais pararam até ao final da partida! No fim, já nem festejavam e estavam orgulhosos, felizes e o árbitro já era um amigalhaço de longa data!
Finalmente... o concerto! Foi brilhante, como eu estava a espera. Fiquei afónico de tanto cantar/gritar as letras das músicas e prometo que nas férias de verão hei-de ficar de novo, desta vez em Wembley... com outras pessoas fanáticas pelo grupo e que, pelo menos nesse período, têm avião directo e não têm exames!
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Depois do concerto, regresso à Polónia, no dia 7, completamente estourado e com uma tarde bem apetecível para poder dormir e voltar a repetir, pelo menos nos meus sonhos, os momentos que passei nesta estraordinária viagem!