quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Skiing and Snowboarding Trip 2009

Já cá demorava...
Importante: esquiar ou fazer snowboard é claramente e definitivamente algo que se incorpora dentro de nós e nos faz querer muitíssimo perder-nos noutra experiência na neve com algo agarrado aos pés que nos faça voar.

No dia 16 de Janeiro partimos de madrugada para a República Checa, num local chamado Spindlerowy Mlyn (não tentem dizer, acho que até os checos devem ter dificuldades). Depois de 3 horas de viagem chegámos ao local com muita boa disposição. Os que já sabiam esquiar ou fazer snowboard só queriam era ir para a montanha e descer a pista preta (classificação máxima de dificuldade). Ao olhar em redor para as montanhas, só viamos pessoas aos "zig-zags" com os "sticks" de um lado para o outro e a uma velocidade que, até visto de longe, dava para perceber que não era lenta. Eu só me lembro de pensar e de dizer em voz alta: Eu vou morrer hoje!
No primeiro dia soube-nos a todos a muito pouco! A mim principalmente... vou contar a minha história, visto ter pouca informação sobre os outros novatos nestas andanças. A primeira vez que "calcei" os esquis percebi de imediato que eu e o meu novo par de botas com uma língua de 1 metro iamos dar-nos muito mal naquele dia. Não me enganei! O instrutor Adam deu-me umas dicas de como parar, como ganhar velocidade e, no segundo dia, de como virar. Só não me ensinou foi como me levantar depois de cair, o que naquele primeiro dia acabou por ser importante. Ideia do instrutor Adam: descer devagarinho uma das pistas azuis (as mais fáceis) e devagarinho aprender a dominar a arte de esquiar.
O que realmente aconteceu: ganhei velocidade no cimo da montanha e só parei cá em baixo, tentando desviar-me descontroladamente de todas as pessoas que me apareciam à frente e tentando permanecer na pista, porque se acabasse por sair desta, um pinheiro acabaria por me fazer parar, a bem ou a mal e era capaz de ser chato! Cheguei cá abaixo estafado e depois de uma grande explosão de adrenalina, olhei em redor. Miúdos! Putos! Criancinhas de 3 anos, 4 anos, 5 anos... a esquiarem como se fosse a coisa mais natural do mundo! De um lado para o outro, como se estivessem a dançar sobre as suas pernas de 30 centímetros. E não era um, nem dois, nem mesmo cem... era uma "praga"! Como diz o ditado: "de pequenino é que se torce o pepino".
No final do dia fomos todos jogar bowlling. Não vou escrever muito sobre isto, pois fui completamente humilhado aos pontos pelos restantes rapazes Erásmicos que estiveram nesta viagem. Mas foi engraçado... e jogar bowlling é algo que voltarei e voltaremos sempre a repetir!
No segundo dia levantámo-nos cedinho para aproveitar ao máximo as horas de esqui ou snowboard. Fomos para uma outra montanha e de novo uma descida descontrolada acabei por vir parar a meio da pista, onde consegui eventualmente travar num local plano. Passei o resto do dia a aprender a esquiar numa descida de pouco mais de 1% (pelo sim, pelo não) que fiz uma mão cheia de vezes. Via muitas vezes passarem por mim amigos conhecidos e conhecedores dos desportos de neve, via alguns elementos de equipas profissionais a treinarem e via ainda mais vezes miudinhos pequeninos e, no meu ponto de vista da altura, completamente malucos! No final do dia houve aquapark para todos, mas nós preferimos ficar por terra, por motivos económicos e conviver num restaurante barato e abastecermo-nos de proteínas.
No terceiro e último dia, fui para a montanha mais tarde, depois de arrumar as malas e me preparar psicologicamente para cair mais umas vezes e, quem sabe, esquiar descontroladamente mais umas descidas. Mas aí, algo de magnífico aconteceu: dei por mim a andar de um lado para o outro, descida após descida, com as pernas arqueadas, os bastões para trás, e a fazer um itinerário quase perfeito a uma velocidade completamente controlada e imagine-se,somente com uma queda por desconhecimento da pista. Encontrei-me cá em baixo com os restantes novatos e todos eles sentiam como eu algo novo que os faziam, quase sem pensar, esquiar ou fazer snowboard quase tão bem como os outros comuns checos, alemães, polacos, etc. Foi uma sensação incrível de liberdade, de alegria, de fantasia que oscilou os nossos mundos e nos faz imenso querer voltar a uma estância de esqui o mais cedo possível e aproveitar a mínima camada branca de neve sob os nossos novos "sapatos".

1 comentário:

Anónimo disse...

Aqui só falta uma coisa: a descrição das nódoas negras ... ou "marcas de guerra" para impressionar as miudas! ;P
Hehehehe!!!
Beijocas da madrinha